CUIDADOS INTENSIVOS EM PACIENTES ADMITIDOS POR INTOXICAÇÃO AGUDA EM TERAPIA DE SUBSTITUIÇÃO RENAL - ANÁLISE COMPARATIVA
Palavras-chave:
Terapia Intensiva, Intoxicação, Envenenamento, HemodiáliseResumo
Intoxicações agudas com quadros clínicos graves demandam cuidados intensivos e terapia de substituição renal (TSR) o que requer maior atenção e custos para os serviços de saúde. Trata-se de estudo retrospectivo e descritivo a partir de prontuários eletrônicos de pacientes admitidos no Instituto Dr. José Frota- Fortaleza-Ceará, por intoxicação exógena aguda e em TSR, no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020. Foi realizada análise comparativa das variáveis clínico-epidemiológicas e laboratoriais entre os pacientes assistidos em UTI e os não assistidos, objetivando principalmente determinar fatores preditivos de gravidade e a incidência do emprego da TSR no manejo de intoxicações graves. A principal indicação de TSR no grupo admitido na UTI (n=64) foi a eliminação do agente tóxico (n=38), sendo que o principal agente nesse grupo foram os medicamentos (n=41), onde a classe dos antiepilépticos prevaleceu sobre as outras. No grupo admitido na UTI a maioria era do gênero feminino (n=33), idade média de 36,7 ±17 anos, e a circunstância envolvida foi tentativa de suicídio (n=46). No grupo não-UTI (n=53) a principal indicação de TSR foi terapia de suporte (n=27), sendo os envenenamentos causados por animais peçonhentos predominantes (n=22), a maioria do gênero masculino (n=36), idade média 42 t 16 anos, e a circunstância envolvida foram causas acidentais (n=26). A tentativa de autoextermínio é um importante fator preditivo de gravidade em pacientes intoxicados com necessidade de TSR, podendo ser um importante norteador de medidas de saúde pública.
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