SANGRAMENTOS DO INTESTINO DELGADO DE DIFÍCIL DIAGNÓSTICO - ANÁLISE DE CASOS DO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA
Palavras-chave:
Hemorragia gastrointestinal, Intestino delgado, DiagnósticoResumo
As hemorragias digestivas são uma das principais causas de grande morbimortalidade entre os pacientes, necessitando de uma conduta breve e assertiva. Dentre estas, os sangramentos do intestino delgado ainda são um desafio diagnóstico, protelando a resolução do quadro. Estabelecer através de uma série de casos, as principais etiologias, meios diagnósticos e tipos de cirurgia para hemorragias do intestino delgado. Método: Estudo retrospectivo, descritivo e observacional com revisão de prontuários de pacientes portadores de Hemorragia Digestiva de Intestino Delgado. No presente estudo foram analisados 13 casos de hemorragia de intestino delgado de difícil diagnóstico. Dentre os casos mais incidentes tem-se os Tumores Estromais Gastrointestinais (GISTs) em 46% dos casos, seguidos das angiodisplasias que representam 16% do total e os outros 16% destinados aos divertículos de Meckel. Os exames para abordagem diagnóstica mais utilizados para diagnóstico desses casos foram a endoscopia digestiva alta (92%), a colonoscopia (76,9%) e a tomografia computadorizada (63%). Quando analisadas as técnicas cirúrgicas mais prevalentes, a enterectomia segmentar com enteroenteroanastomose término-terminal por laparotomia-- foi a escolha em 84,6% dos casos, deixando as técnicas da ressecção em cunha da 34 porção duodenal (7,6%) e duodenorrafia (7,6%) reservadas para apenas um caso cada. De acordo com a literatura as principais etiologias são as afecções vasculares, seguidas das neoplasias e úlceras, divergindo com os resultados encontrados nesse trabalho, visto que a causas mais frequentes foram os GIST's, seguidos das angiodisplasias. Em relação aos meios diagnósticos, as bases científicas propõem que a investigação seja iniciada com exames gerais, como a endoscopia digestiva alta, colonoscopia e a tomografia computadorizada, podendo utilizar ferramentas mais específicas, como a cápsula endoscópica, a arteriografia e a enteroscopia intraoperatória, em casos de hemorragias não identificadas na primeira abordagem. Nesse trabalho, todos os casos seguiram a propedêutica sugerida. Por fim, a definição da conduta varia de acordo com a particularidade de cada caso e da decisão do cirurgião. Pode-se concluir que as Hemorragias de Intestino Delgado, agregam alta morbidade aos pacientes, múltiplas transfusões e longos períodos de investigação, chegando, na maior parte dos nossos casos, a procedimentos cirúrgicos.
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