USO DE COBERTURAS BIOLÓGICAS EM QUEIMADURAS COMPLEXAS EM UM AMBULATÓRIO DE QUEIMADOS

Resumo

Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes queimados em uso de coberturas biológicas e destacar o uso de cobertura biológicas em lesões por queimaduras em pacientes atendidos em um ambulatório de queimados. Trata-se de um estudo descritivo, com delineamento predominantemente retrospectivo. A pesquisa foi desenvolvida no período de novembro de 2018. Após aprovação no comitê de ética e pesquisa sob parecer 3.000.841; conforme Resolução N° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. A coleta de dados secundários foi proveniente de fichas de controle do uso de curativos biológicos em queimaduras no ambulatório de queimados, na qual são preenchidas pelo enfermeiro após aplicação da cobertura. Para facilitar a coleta de dados foi criado um instrumento contendo as seguintes variáveis: idade, sexo, agente etiológico, características da lesão e tipos de coberturas. O estudo evidenciou que o principal agente etiológico das queimaduras foi o líquido quente (52,7%); quanto à variável idade a predominância de pessoas entre 18 a 59 (75%) e acima de 60 anos ou mais (25%), quanto ao gênero, prevaleceu o sexo masculino (53%); no que se refere às características da lesão, predominou a cruenta com fibrina e esfacelos que corresponderam a 44%; no que concerne a coberturas utilizadas a gaze estéril com PHMB correspondeu a 53% de uso levando em consideração a ação antimicrobiana. Evidenciou-se o importante papel do enfermeiro na condução da ferida e indicação da cobertura para facilitar o processo de cicatrização. As lesões por queimaduras apresentavam características importantes para o processo de reepitelização destacando o uso de cobertura adequada, no sentido de diminuir o processo inflamatório ou infeccioso.