TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURA DE MANDÍ-BULA COMINUTIVA COM FIXAÇÃO EXTERNA

Resumo

O tratamento cirúrgico com fixadores externos não requer um grande deslocamento periosteal na região das fraturas o que evita perda de suprimento sanguineo e de fragmentos ósseos cominuídos. A proposta deste estudo, é relatar um caso de um paciente com história de acidente motociclístico, apresentando comprometimento dos tecidos moles, fratura cominutiva de região anterior de mandíbula e fratura de maxila Le fort II. Paciente do sexo masculino, 32 anos de idade, atendido pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Instituto José Frota – Fortaleza – Ceará,  após acidente motociclístico. Ao exame físico, observou-se extenso ferimento em fundo de sulco e de vermelhão do labio inferior, perda de segmento dento-alveolar e severa exposição de fragmentos ósseos, associada a secreção purulenta. Paciente foi levado ao centro cirúrgico de emergência, sob anestesia geral, para remoção de fragmentos desvitalizados, desbridamento, após redução e estalização das fraturas com bloqueio maxilo-mandibular (BMM) foram fixadas as fraturas maxilares com placas e parafusos do sistema 2.0-mm e fixação de mandíbula com fixador externo de punho nº 150 com 06 pinos bilaterais, bicorticais, unidos a conectores. Após fixação e extabilização óssea, foi realizada a reconsrução do tecido mole. Após 90 dias de acompanhamento pós-operatório, foi observada cicatrização óssea e oclusão dentária satisfatórias. Devido a fisiopatologia e ao mecanismo de média e alta energia em acidentes motociclísticos, é importante avaliar a melhor escolha de tratamento cirúrgico. Em casos com severa cominuição e danos graves aos tecidos moles, a fixação externa é uma opção de tratamento rápida e com resultados satisfatórios.