PANCREATITE DE SULCO

Autores

  • ANA OSMIRA CARVALHO SALDANHA – Acadêmico de Medicina da Universidade de Fortaleza – UNIFOR
  • JOSE WALTER FEITOSA GOMES Médico Cirurgião do Instituto Dr. José Frota
  • HERON KAIRO SABÓIA SANT'ANNA LIMA Acadêmico de Medicina da Universidade de Fortaleza – UNIFOR
  • AFONSO NONATO GOES FERNANDES Médico Residente em Cirurgia Geral do Hospital Geral de Fortaleza
  • GUSTAVO GOMES MARTINS Médico pela Universidade Federal do Ceará – UFC
  • DANIEL MOTA MOURA FÉ Médico Especialista em Endoscopia Digestiva
  • DANIEL LUCENA LANDIM Médico Cirurgião pelo Hospital Geral de Fortaleza

Palavras-chave:

Pancreatite, Diagnóstico Diferencial, Pancreatoduodenectomia

Resumo

A etiologia mais comum de pancreatite crônica nos países industrializados e no Brasil é o abuso crônico de álcool, correspondendo a 70% dos casos. Restando em torno de 30% para outras 40 causas, por exemplo, hipercalcemia por hiperparatireoidismo, alterações genéticas e idiopáticas. Dentre as diversas outras causas de pancreatite crônica, a pancreatite de sulco, também conhecida como pancreatite de groove, é uma forma rara desta doença. Neste artigo nós objetivamos relatar um caso de pancreatite de groove, com necessidade de abordagem cirúrgica como plano terapêutico. O termo pancreatite de sulco foi utilizado a primeira vez em 1973 por Becker e definida em 1982 por Solte et al. como um tipo incomum de pancreatite crônica caracterizada por cicatrizes
fibrosas, a qual afeta a cabeça do pâncreas, o duodeno e o colédoco. Tradicionalmente pode ser divida em duas
principais formas: a forma pura, quando afeta apenas o sulco pancreatoduodenal e a forma segmentar que, apesar de centrada no sulco, pode se estender para a cabeça do pâncreas. Mesmo estando descrita desde a década e 70, esta patologia permanece uma entidade clínica de etiologia incerta e com incidência desconhecida. Apesar disso, estudos sugerem que a prevalência desta condição em pacientes com pancreatite crônica que realizaram cirurgia de duodenopancreatectomia pode variar entre 2% e 24,5%. Como não há muitos trabalhos publicados acerca deste tema, o tratamento costuma variar bastante. De maneira geral, podem ser usadas medidas conservadoras ou cirúrgicas

Downloads

Publicado

2023-12-08

Edição

Seção

Relato de Caso